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sexta-feira, 2 de maio de 2025

Artigo 7: O Código Napoleônico e o Direito de Família


 Artigo 7: O Código Napoleônico e o Direito de Família

O Código manteve uma estrutura patriarcal, onde o homem era o chefe da família. O casamento era regulado de forma rígida e o divórcio, apesar de previsto, era restrito.

A mulher tinha status jurídico inferior e precisava de autorização do marido para muitos atos. Apesar disso, a simples regulamentação estatal da família foi um avanço, tirando esse domínio da Igreja.

👉 Veja as críticas modernas: Críticas e Controvérsias sobre o Código Napoleônico

Artigo 6: A Estrutura do Código Napoleônico: Como Ele Foi Organizado?


 Artigo 6: A Estrutura do Código Napoleônico: Como Ele Foi Organizado?

O Código Napoleônico foi dividido em três grandes livros:

  1. Das Pessoas – trata do estado civil, do casamento, da filiação e da capacidade jurídica.

  2. Dos Bens – define o que é propriedade e regula os bens públicos e privados.

  3. Das Modificações da Propriedade – abrange contratos, sucessões, doações, obrigações e responsabilidade civil.

Essa organização lógica e funcional foi revolucionária e serviu de base para futuras codificações.

👉 Veja como ele tratava o Direito de Família: O Código Napoleônico e o Direito de Família

Artigo 5: Código Napoleônico ao Redor do Mundo: Uma Influência Global


 Artigo 5: Código Napoleônico ao Redor do Mundo: Uma Influência Global

Diversos países da Europa e da América Latina seguiram o modelo do Código Napoleônico. Itália, Espanha, Portugal e seus antigos territórios coloniais incorporaram seus princípios à legislação nacional.

Na América Latina, Argentina, México e Chile desenvolveram códigos civis inspirados no francês. No Japão, a codificação do direito civil também teve forte influência napoleônica, como parte da modernização do país no século XIX.

👉 Saiba como o Código foi organizado: A Estrutura do Código Napoleônico: Como Ele Foi Organizado?

Artigo 4: Como o Código Napoleônico Influenciou o Direito Brasileiro?


 Artigo 4: Como o Código Napoleônico Influenciou o Direito Brasileiro?

O Código Civil Brasileiro de 1916 foi profundamente influenciado pelo modelo francês. Juristas brasileiros estudaram o Código Napoleônico como referência de sistematização e clareza.

A estrutura em livros e títulos, a definição de direitos e deveres entre particulares e a forte valorização da propriedade foram elementos copiados e adaptados para o contexto brasileiro. Mesmo o atual Código Civil de 2002 mantém traços da tradição napoleônica.

👉 Veja a influência além do Brasil: Código Napoleônico ao Redor do Mundo: Uma Influência Global

Artigo 3: Os Princípios Fundamentais do Código Napoleônico


 Artigo 3: Os Princípios Fundamentais do Código Napoleônico

O Código Napoleônico foi construído sobre pilares que até hoje fundamentam o direito civil:

  • Igualdade perante a lei: todos os cidadãos são iguais, sem privilégios de nascimento.

  • Liberdade contratual: as pessoas podem estabelecer livremente seus contratos, desde que dentro da legalidade.

  • Propriedade privada: considerada sagrada e inviolável.

  • Laicidade do Estado: separação entre a Igreja e o sistema jurídico.

Esses princípios foram essenciais para a consolidação do Estado moderno e servem de base para diversos códigos civis ao redor do mundo.

👉 Descubra como o Código influenciou o Brasil: Como o Código Napoleônico Influenciou o Direito Brasileiro

Artigo 2: Por Que o Código Napoleônico é Considerado o Primeiro Código Civil Moderno?


 Artigo 2: Por Que o Código Napoleônico é Considerado o Primeiro Código Civil Moderno?

Antes do Código Napoleônico, o direito na França era uma colcha de retalhos de costumes locais, decretos reais e jurisprudência. O novo código rompe com essa fragmentação ao adotar uma estrutura sistemática, escrita em linguagem clara e acessível.

Ele também incorporou princípios iluministas, como a igualdade jurídica entre os cidadãos (homens), a liberdade individual e o direito à propriedade. Além disso, introduziu a ideia de que o Estado é responsável por promulgar e aplicar a lei, afastando a influência direta da Igreja e da nobreza.

👉 Continue lendo: Os Princípios Fundamentais do Código Napoleônico

Artigo 1: O Que Foi o Código Napoleônico? Entenda a Revolução no Direito


 Artigo 1: O Que Foi o Código Napoleônico? Entenda a Revolução no Direito

O Código Napoleônico, oficialmente chamado de Código Civil Francês, foi promulgado em 1804 por Napoleão Bonaparte e é considerado um dos documentos jurídicos mais influentes da história moderna. Sua criação foi uma resposta à necessidade de unificar as leis francesas após a Revolução Francesa, que havia desmantelado o sistema feudal e as antigas estruturas jurídicas.

Pela primeira vez, uma legislação clara, acessível e estruturada foi elaborada para reger a vida civil dos cidadãos. O código tratava de temas como propriedade, contratos, obrigações e direito de família, com base nos ideais de igualdade, liberdade e propriedade privada.

👉 Leia o próximo artigo: Por Que o Código Napoleônico é Considerado o Primeiro Código Civil Moderno?

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Como Tirar Meu Nome Negativado Pelo Banco Injustamente? Dívida Já Foi Paga Há Mais de 5 Anos!


 

Como Tirar Meu Nome Negativado Pelo Banco Injustamente? Dívida Já Foi Paga Há Mais de 5 Anos!

Você pagou uma dívida há anos e, mesmo assim, descobriu que seu nome continua negativado no SPC ou Serasa? Pior ainda: a dívida foi quitada há mais de 5 anos e o banco insiste em mantê-la registrada? Se você está passando por essa situação, saiba que isso é ilegal e você tem direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor.

Neste artigo, explicamos o que fazer para limpar seu nome injustamente negativado e como acionar o banco de forma correta e eficaz.


Meu nome foi negativado por uma dívida antiga já paga. E agora?

Primeiro, é importante entender que, pela Lei, uma dívida não pode permanecer negativada por mais de 5 anos — mesmo que não tenha sido paga. E se ela foi paga, o banco tem a obrigação de retirar seu nome dos órgãos de proteção ao crédito em até 5 dias úteis após a quitação.

Portanto, se você pagou a dívida há mais de 5 anos, ou mesmo se não pagou, mas ela já prescreveu, o banco não pode manter seu CPF negativado.


O que diz a lei sobre negativação indevida?

A principal base legal que protege o consumidor nessa situação é o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que garante:

  • O direito à informação clara e precisa;

  • A retirada do nome dos cadastros negativos após quitação;

  • A prescrição da dívida após 5 anos;

  • Indenização por danos morais, caso haja negativação indevida ou manutenção irregular do nome nos órgãos de crédito.


Como tirar o nome negativado injustamente?

1. Solicite formalmente a exclusão do nome

Entre em contato com o banco ou empresa responsável pela negativação e envie um requerimento por escrito, solicitando a retirada do seu nome do SPC, Serasa ou Boa Vista, anexando:

  • Comprovantes de pagamento da dívida;

  • Documentos pessoais (RG e CPF);

  • Comprovante de residência;

  • Cópia do extrato ou do registro de negativação.

Guarde o protocolo do atendimento.

2. Registre uma reclamação nos órgãos competentes

Se o banco não atender ao seu pedido, registre uma reclamação nos seguintes canais:

  • Procon da sua cidade;

  • Consumidor.gov.br (plataforma oficial do governo);

  • Sites como Reclame Aqui, que também geram visibilidade pública para o problema.

3. Procure um advogado e entre com ação judicial

Se mesmo com todas as tentativas o nome continuar sujo indevidamente, é hora de acionar a Justiça. Um advogado especializado em Direito do Consumidor pode entrar com uma ação solicitando:

  • A retirada imediata da negativação;

  • Indenização por danos morais, que podem variar de R$ 2.000 a R$ 10.000 ou mais, dependendo do caso;

  • A condenação do banco por prática abusiva.


Posso processar o banco por manter meu nome sujo depois de tanto tempo?

Sim. A jurisprudência é clara: manter o nome do consumidor negativado por dívida prescrita ou já quitada é prática ilegal e abusiva. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) entende que isso configura dano moral presumido — ou seja, nem é preciso provar o sofrimento para ser indenizado.


Conclusão

Se você descobriu que seu nome está negativado por um banco, mesmo tendo quitado a dívida há mais de 5 anos, não aceite essa injustiça. Você tem o direito de limpar seu nome e pode, inclusive, ser indenizado pelos transtornos causados.

Procure orientação jurídica, reúna documentos e lute pelos seus direitos.